Antes de iniciar a exploração da temática escolhida, gostaria de
desejar a todos os leitores que são pais, alunos, professores e demais agentes
educativos votos de um excelente ano letivo.
Como uma pessoa amiga há uns dias atrás dizia: “é possível sermos
felizes na escola”; pois, é na escola que passamos a maior parte do tempo,
enquanto alunos e professores. Também é na escola que muitas crianças
estabelecem o primeiro contato com projetos artísticos e desportivos, os quais,
muitas vezes são desconsiderados por muitos e apoiados por alguns (normalmente
os visionários, aqueles que são considerados loucos). Felizmente que este
paradigma começa a ser alterado e mais, começa a dar resultados francos de
evolução, numa época em que muito se fala de flexibilização curricular.
Torna-se importante perceber qual a influência que um projeto
artístico poderá ter na visão do aluno perante a escola ou a influência que
poderá exercer no indivíduo que procura iniciar um percurso artístico de forma
amadora. Se por um lado, estamos a falar num trajeto académico, por outro,
jamais poderemos desvalorizar o campo das emoções e da socialização.
Permitam-me fazer referência a uma experiência fantástica que se passou
no nosso território (não é única, no entanto é merecedora de atenção): um
senhor com idade aproximada 66/67 anos de idade, iniciou no passado ano letivo
a aprendizagem de um instrumento musical de sopro (Trompete) numa filarmónica
local, ao longo do ano foi sempre um aluno bastante assíduo às diversas sessões
de formação, mostrando um entusiasmo, por vezes, contagiante perante o que
estava a vivenciar, o qual rapidamente se transformou num exemplo magnífico
para os mais novos. Quando se aproximou o final do ano letivo, este senhor e os
seus colegas de turma (com idades para serem seus netos) tiveram a oportunidade
de participar num campo de férias musical, desenvolvido na nossa cidade, onde
estiveram reunidos cerca de 80 músicos, professores de instrumento e maestros.
Agora o mais interessante desta experiência, o senhor teve a ousadia, dentro
das suas limitações de participar e mais de manifestar que esta experiência foi
uma das experiências mais significativas da sua vida, pois, segundo ele:
“quando via no youtube ou em outro canal de comunicação, um concerto
orquestral, sonhava um dia poder participar em algo similar”. Trata-se
claramente de um exemplo para muitos, mas sobretudo para aqueles que defendem a
importância da socialização através da música, ou até mesmo da terapia que a
música pode proporcionar a cada um.
No domínio do desporto também verificamos exemplos assim de pessoas
que procuram o desporto em equipa para fomentarem a socialização, o espírito de
entre-ajuda e outros fatores. Numa sociedade onde cada vez se incentiva à
prática desportiva, importa refletir que a mesma não deveria colocar em
primeiro lugar a competição, mas sim a inclusão.
Não podemos esquecer que a arte e o desporto ambos mexem com emoções e
sentimentos em primeiro lugar e não com competições, claro que ninguém gosta de
tocar mal ou de perder, mas como diz o provérbio: “ganhar ou perder, tudo é
desporto”.
Fica prometido continuarmos a explorar esta temática, nunca com o
objetivo de crítica destrutiva, mas sim de ajuda e valorização numa perspetiva
de construção e evolução.
José Miguel Vitória Rodrigues
Professor, maestro, músico e compositor
Licenciado em Professores do Ensino Básico de Educação Musical, pela Escola Superior de Educação de Leiria
Frequência da Pós – Graduação em direção de orquestra de sopros, no Instituto Jean Piaget, Almada
Licenciatura em Música pela Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco
Diretor artístico e mentor de PRIMEIRA AULA DE MÚSICA
Licenciado em Professores do Ensino Básico de Educação Musical, pela Escola Superior de Educação de Leiria
Frequência da Pós – Graduação em direção de orquestra de sopros, no Instituto Jean Piaget, Almada
Licenciatura em Música pela Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco
Diretor artístico e mentor de PRIMEIRA AULA DE MÚSICA
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