Aloha!
Hoje sou eu que vos falo um pouco sobre a aventura do atleta Ricardo Rosado, por terras do Hawaii.
Tudo começou após a participação na prova XTERRA Portugal,
realizada na Golegã, a 27 de Maio de 2017. O Ricardo alcançou o apuramento para
realizar a prova do Campeonato do Mundo XTERRA Hawaii, na ilha de Maui.
Foi aí que tudo
começou!
A vontade de participar, foi logo esclarecida pelo
entusiasmo demonstrado, mas cedo começou a aparecer questões que envolvia uma
verdadeira logística.
Como sabem, os atletas a título individual, só conseguem
ajudas através de patrocinadores, e como tal, a primeira fase desta grande
aventura começou por aí. Um pouco reticente com a resposta a estes pedidos,
cedo se apercebeu que o resultado viria a ser o oposto do esperado.
As ajudas foram muitas, desde patrocínios de empresas, de
pessoas a título individual, bem como uma enorme corrente que se formou com o
intuito de ajudar de que maneira fosse. Amigos, familiares, conhecidos e até
mesmo desconhecidos, surpreenderam de uma forma extremamente positiva.
A 21 de Outubro, iniciou-se a grande aventura, com uma
viagem de 25 horas acompanhados com a restante comitiva portuguesa, constituída
por 15 elementos, atletas e acompanhantes.
A semana antecedente à prova foi de treinos de adaptação aos
percursos e acima de tudo ao clima.
Aliado à dificuldade da prova, em termos de
altimetria e condições do percurso, clima quente e húmido, tornam ainda mais
difícil o desempenho do atleta.
No meio de treinos, convívio e alguns passeios para descontrair e conhecer um
pouco da ilha de Maui, que por sinal é tão bela como a descrevem, somente no
sábado à noite o nosso atleta deu sinais de começar a estar um pouco nervoso.
No dia da prova, os sinais eram mais que evidentes, e
confesso que o meu coração também começou a ficar um pouco apertadinho. As
condições do mar não são muito fáceis (não é a toa que as praias são muito
procuradas por surfistas), o clima prega partidas sem se dar por isso (no dia
anterior, eu mesma participei no trail e deparei-me com vários atletas caídos
no chão devido a desidratação), e como tal, as recomendações foram para que,
mais importante que ficar bem classificado, era o de hidratar-se
convenientemente para terminar a prova.
O canhão disparou… era uma autêntica confusão no mar, o
helicóptero a sobrevoar os atletas, e a emoção era muita… tentei procurar o
melhor sítio para perguntar se estava bem na transição da natação para a
bicicleta, mas a multidão era imensa e já só consegui obter resposta positiva
quando iniciou a corrida. Estava a um passo de terminar.
Ainda um pouco ansiosa, recebi conforto de palavras de um
casal, já com alguma idade, habitantes desta ilha, que me explicaram o quanto
eles vibram com esta prova, mostrando-me fotografias no telemóvel do atleta que
tinham sido campeão do mundo no ano anterior. O povo havaiano é de extrema
hospitalidade, cordialidade, amizade… é um povo fantástico!
RICARDO ROSADO!... Alto e bom som se ouviu o nome do atleta
que estava prestes a terminar a prova com 3h13m 51s, 113º posição geral, 14º
AG.
Um CAMPEÃO… serei eu suspeita!
Com o Lei (colar
Havaiano feito de flores, que significa reconhecimento, gratidão...)ao pescoço,
era tempo de festejar! Não só nós os
dois, mas toda a comitiva, todos os que ajudaram, todos os que ficaram a
torcer…
Já passaram 8 dias, já voltámos ao nosso país e as
congratulações continuam…
Resta-me apenas também agradecer, por mim, e pelo nosso
atleta, que levou o nome da cidade de Abrantes e das ”terras pegachas” ao outro
lado do mundo!
Mahalo
Até à próxima aventura!
Sofia Carvalho
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