(crónica de Nuno Gil)
Hoje vou
escrever sobre jovens abrantinos que se destacaram pelo seu desempenho
desportivo: Francisca Laia, Madalena Sousa e Tiago Aperta.
Mas
porque trago estes nomes à minha escrita?
Faço-o
porque vejo nestes três casos, bons exemplos do que deve ser
a formação
desportiva de um jovem e faço-o porque os casos de sucesso devem
ser destacados de forma a servirem de exemplo a outros jovens e em especial a
outros treinadores.
A Francisca
é dos três
jovens desportistas, aquela que melhores resultados e maior destaque teve, o
Tiago é uma jovem promessa do
atletismo nacional que se vai afirmando de forma mais lenta do que era esperado
devido às
lesões
que o têm
atormentado e a Madalena é uma jovem promessa da natação nacional em fase de
ascensão.
Mas para
além
de jovens desportistas de destaque o que tem estes jovens em comum?
- São três pessoas bem formadas, íntegras
e felizes.
- São bons alunos.
- São jovens que fizeram ou fazem o seu
percurso formativo em Abrantes.
- São praticantes de modalidades
individuais.
- Realizam ou realizaram ao longo do seu percurso
formativo e enquanto alunos de uma escola, atividades do desporto escolar, quer
de dinâmica
interna, quer de dinâmica externa.
Recordo-me
de ver a Francisca na vésperas de ir para uma competição
internacional, participar numa competição de futsal inter-turmas.
Recordo-me
de ver Tiago praticar atletismo federado em simultâneo com a pratica de
futebol federado ou de atividades competitivas do desporto escolar.
A
Madalena ao que sei para além da sua atividade federada, pratica
a mesma modalidade em contexto escolar.
Ao
escrever acerca deles lembro-me de algumas preocupações dos treinadores de
escalões
de formação:
- Se o meu atleta praticar alguma modalidade para além
da minha vai entrar em sobretreino?
- Se o meu atleta praticar alguma atividade do desporto
escolar pode lesionar-se?
- Se o meu atleta praticar outra modalidade corro o risco
de ele deixar a minha?
Pois,
estes 3 casos dão resposta a essas preocupações.
A prática
multidisciplinar e a prática em contexto federado não
faz mal a ninguém, desde que se cumpram as leis e
princípios
de treino. Assim a prática conjugada não
só é possível,
como é desejada.
Não
podia deixar de referenciar aqui outro atleta abrantino, embora neste caso já não
seja um jovem, o Nuno Inácio, durante a sua juventude e início
da idade adulta destacou-se nos campos de basquetebol, mas foi já nos escalões
de veteranos que fruto do seu trabalho, potenciou as suas capacidades e
conseguiu numa modalidade como é o ciclismo (BTT e estrada) ganhar este ano tudo o que havia para ganhar
a nível
interno e como se não chegasse brilhou também
no plano internacional, provando assim, que o sucesso desportivo não
é algo exclusivo para
idades até aos 30/35 anos e pode
ocorrer nos escalões mais elevados, desde que se
trabalhe muito bem em quantidade e especialmente com qualidade.
Termino
com uma convicção, o sucesso no desporto só é possível
com muito trabalho e empenho e acima de tudo se se fizer a atividade com
divertimento.
Saudações
desportivas e até à próxima crónica.
Nuno Gil
Licenciado em ciências do desporto, pela FCDEF-UC
Mestre em treino do jovem atleta, pela FMH-UTL
Doutorando em ciências do desporto, na FCDEF-UC
Professor de educação física, na escola secundária Dr. Manuel Fernandes
Ex-treinador desportivo
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