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sábado, 24 de agosto de 2013

À Queima Roupa com... Nuno Pedro

Nuno Pedro, Vice-Presidente da Associação de Futebol de Santarém e Delegado da Liga Portuguesa de Futebol, é o convidado de hoje, da rubrica "À Queima Roupa com...".


1. Lema de vida
Nenhum em particular. Viver um dia de cada vez e continuar a desfrutar tudo o que a vida me tem proporcionado, preferencialmente na companhia da família e amigos.

2. Superstição
Entrar sempre com o pé direito, seja num campo de futebol, num avião ou em qualquer outra situação que o "exija".

3. Férias inesquecíveis
Paris, 2011.


4. Viagem inesquecível
São Nicolau, Cabo Verde. 

5. Livro de cabeceira
"A Bola Não Entra Por Acaso - O que o futebol tem a ensinar à gestão", de Ferran Soriano.

6. Música preferida
"You'll never walk alone", música que se tornou no hino de muitos clubes de futebol, como é o caso do Celtic e do Liverpool.

7. Filme preferido
Fuga para a vitória, de John Huston.

8. Peça de roupa que não dispensa
Decididamente, jeans.

9. O momento desportivo mais marcante
Felizmente foram vários, mas sem dúvida que o jogo que ditou a promoção do Abrantes Futebol Clube ao Campeonato Nacional da 2ª Divisão perdurará para sempre na minha memória e por certo na de muitos abrantinos. Quando ao intervalo perdíamos por dois a zero diante do Lourinhanense e depois na segunda parte conseguimos virar o resultado para três a dois, não há palavras para descrever tudo o que senti no final do jogo. Foi uma manifestação de alegria que invadiu todos quantos estavam presentes e todos aqueles que acompanhavam o percurso do clube à distância. Sem querer ferir qualquer tipo de susceptibilidade, creio que foi a maior manifestação desportiva, envolvendo um clube local, que ocorreu na cidade de Abrantes. Ainda hoje perco algum tempo a contemplar as fotos registadas nesse dia.

10. Objectivo por realizar
Não podendo considerar-se um objectivo por realizar, a vontade de voltar a desempenhar as funções de director-desportivo, de coordenação de um departamento de futebol de modo profissional continua na minha mente. O balneário é um local sagrado. As suas  vivências, os seus rituais, as cumplicidades, são momentos que só quem por lá passa sabe avaliar. E quando a tudo isto se aliam as vitórias, então o sentimento de dever cumprido com total sucesso invade todos quantos o partilham. Ao entrar nos estádios a cada fim-de-semana, no desempenho de funções ao serviço do futebol profissional, essa vontade, essa ambição, redobra-se a cada instante. Como costumo dizer entre amigos, sinto a falta do cheiro do balneário. E acredito que esse dia irá chegar.

11. O que pensa estar a fazer daqui a 10 anos?
Espero continuar a estar ligado ao futebol. Se possível, nas funções que descrevi anteriormente. Se tal não se verificar, acredito que continuarei ao serviço de uma qualquer instituição desportiva relacionada com o futebol. Seja a Associação de Futebol de Santarém, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ou qualquer outra. Sem qualquer tipo de falsa modéstia, tenho a perfeita consciência do trabalho que tenho vindo a desenvolver em prol do futebol distrital e até mesmo nacional, ao mesmo tempo que tenho procurado valorizar-me em termos de formação ao nível das várias componentes da área desportiva.

12. Como vê o desporto no concelho de Abrantes? Agora e daqui a 10 anos?                               
                     O concelho de Abrantes apresenta actualmente uma dinâmica desportiva assinalável. Longe já vão os tempos em que o futebol era a única opção que se apresentava a todos aqueles que queriam praticar desporto, como foi exemplo a minha geração. A criação de infraestruturas de excelência para a prática desportiva, como foi o caso dos campos de futebol relvados, pista de atletismo, piscinas municipais, as várias valências que o Espaço  Aquapolis disponibiliza (canoagem, futebol de praia, raguebi de praia, voleibal de praia ou pesca desportiva), dos pavilhões municipais de Tramagal e Pego e a requalificação dos existentes nos estabelecimentos de ensino da cidade, veio possibilitar um crescimento exponencial no número de modalidades praticadas e consequentemente no número de atletas.
Acredito que dentro de 10 anos, o cenário não será muito diferente. Pode surgir mais uma outra modalidade - faço votos para que o hóquei em patins regresse em força na comunidade rossiense. Já em termos futebolísticos, gostava que o concelho se pudesse projectar a outros patamares, seja no futebol juvenil e no futebol sénior. Se nos desportos individuais Abrantes já começa a ter representantes de vulto, como é o caso do Tiago Aperta, Francisca Laia, entre outros, no futebol, e para além do excelente trabalho que "Os Patos" têm vindo a desenvolver no futsal, penso que existe nos clubes de futebol locais matéria humana (dirigentes, técnicos e atletas) com competência para produzir um trabalho mais profícuo e com qualidade suficiente para militar em escalões nacionais.
13. No que pensa quando regressa a Abrantes para assistir a uma actividade desportiva?
Por um lado, mais do que pensar, sinto. Sinto saudade dos momentos inolvidáveis que muitos vivemos no Estádio Municipal de Abrantes com o Abrantes Futebol Clube. Quis o destino que a sua história final ficasse escrita de uma forma indesejada. Por outro, a possibilidade de rever os muitos amigos que tenho nos clubes e a actividade que vão desenvolvendo é uma situação que me apraz.

14. Como gostaria que os outros o vissem?
Acima de tudo, como todos aqueles que verdadeiramente me conhecem me vêem. Pessoa simples, humilde, por vezes até demais o que me tem prejudicado em algumas situações, e sempre disponível para ajudar e colaborar naquilo que está ao meu alcance. Mas no fundo, como abrantino que sempre lutou e continuará a lutar pela valorização do desporto na sua terra, apesar de já não aí residir. 

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