(crónica de Nuno Gil)
No decorrer dos Jogos Olímpicos, ouvi um comentador da RTP, aquando da obtenção da medalha de bronze por parte da judoca, Telma Monteiro, dizer que a obtenção da mesma era algo de extraordinário, pois nessa altura também França e Espanha apenas tinham uma medalha, o que tendo em conta a população desses países, tornava a nossa prestação algo de excelência e fiquei a pensar se Portugal estava ao mesmo nível de países com população semelhante.
Não sendo a vitória e as medalhas objetivo único na participação olímpica, é destas que reza a história.
Assim, inicio aqui uma série de crónicas sobre este tema, com o objetivo de fazer os leitores e eu próprio refletirem sobre este tema. Sendo que nesta primeira crónica irei apresentar alguns números sobre as medalhas olímpicas.
Até hoje participaram nos Jogos Olímpicos 209 comitivas de diferentes países ou grupos independentes. Destas apenas 133 conseguiram obter pelo menos uma medalha.
O ranking do total de medalhas é claramente liderado pelos Estados Unidos com 2522 medalhas, seguidos da Grã-Bretanha e da França, com 840 e 717 medalhas respetivamente.
Portugal aparece no 56º lugar com 24 medalhas, ex-quo com a Nigéria e a Taipé Chinesa, sendo que antes do JO do Rio, Portugal ocupava a 52º posição, lugar partilhado com a Croácia e a Nigéria, todos com 23 medalhas.
Até ao dia de hoje existem 28 países com mais de 100 medalhas.
Da leitura destes números, levantam-se logo algumas questões: Como é possível que Portugal tenha apenas 1% do número de medalhas do líder do ranking? Como é possível Portugal ter o mesmo número de medalhas de países supostamente menos desenvolvidos? Como é possível Portugal ter descido no ranking naquela que foi de acordo com alguma imprensa a melhor participação olímpica de todos os tempos? De quem é a culpa desta prestação no Rio e no total de todos os Jogos? Será o número da nossa população o responsável, uma vez que a base de recrutamento é menor do que nos países lideres do ranking?
Saudações desportivas e até à próxima crónica.
Não sendo a vitória e as medalhas objetivo único na participação olímpica, é destas que reza a história.
Assim, inicio aqui uma série de crónicas sobre este tema, com o objetivo de fazer os leitores e eu próprio refletirem sobre este tema. Sendo que nesta primeira crónica irei apresentar alguns números sobre as medalhas olímpicas.
Até hoje participaram nos Jogos Olímpicos 209 comitivas de diferentes países ou grupos independentes. Destas apenas 133 conseguiram obter pelo menos uma medalha.
O ranking do total de medalhas é claramente liderado pelos Estados Unidos com 2522 medalhas, seguidos da Grã-Bretanha e da França, com 840 e 717 medalhas respetivamente.
Portugal aparece no 56º lugar com 24 medalhas, ex-quo com a Nigéria e a Taipé Chinesa, sendo que antes do JO do Rio, Portugal ocupava a 52º posição, lugar partilhado com a Croácia e a Nigéria, todos com 23 medalhas.
Até ao dia de hoje existem 28 países com mais de 100 medalhas.
Da leitura destes números, levantam-se logo algumas questões: Como é possível que Portugal tenha apenas 1% do número de medalhas do líder do ranking? Como é possível Portugal ter o mesmo número de medalhas de países supostamente menos desenvolvidos? Como é possível Portugal ter descido no ranking naquela que foi de acordo com alguma imprensa a melhor participação olímpica de todos os tempos? De quem é a culpa desta prestação no Rio e no total de todos os Jogos? Será o número da nossa população o responsável, uma vez que a base de recrutamento é menor do que nos países lideres do ranking?
Saudações desportivas e até à próxima crónica.
Nuno Gil
Licenciado em ciências do desporto, pela FCDEF-UC
Mestre em treino do jovem atleta, pela FMH-UTL
Doutorando em ciências do desporto, na FCDEF-UC
Professor de educação física, na escola secundária Dr. Manuel Fernandes
Ex-treinador desportivo
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