(Artigo de Rui Lança)
"O treinador durante um treino gesticula, fala individual ou colectivamente com os atletas, pára o treino, entra ou permanece no recinto de competição, retoma o treino, senta-se, levanta-se, passa área de jogo e comunica para que todos o ouçam. Muitas das vezes num ambiente quase em silêncio!
"O treinador durante um treino gesticula, fala individual ou colectivamente com os atletas, pára o treino, entra ou permanece no recinto de competição, retoma o treino, senta-se, levanta-se, passa área de jogo e comunica para que todos o ouçam. Muitas das vezes num ambiente quase em silêncio!
Para lá destas acções do treinador, temos assistido a... uma
evolução fantástica no treino desportivo e no conjunto de ferramentas que
fornecem informações sobre os atletas e a equipa adversária. Metodologias,
suportes tecnológicos, informáticos e psicológicos, mas estranhamente, quase
todas elas direccionados para o atleta.
Afirmamos estranhamente, porque crescem o número de funções
e exigências para um treinador, mas tal processo não tem sido acompanhado de
mais e melhores ferramentas focadas em si. Hoje um treinador antes, durante e
após o jogo tem um manancial de informação, relatórios, análises, mas isso não
melhora obrigatoriamente o seu desempenho na relação com os atletas. A sua
comunicação com os vários elementos em jogo. Na forma como gera a tomada de
decisão e as emoções. As suas e dos seus atletas.
O treinador é analisado cada vez mais na forma como atinge
os seus resultados. Como lidera, decide, comunica, gere. Obriga-o a melhorar um
conjunto de competências como a forma de motivar, comunicar, liderar, decidir,
reconhecer os seus atletas e equipas. Se o saber agir do treinador influencia
em muito, não só as relações do treinador e atleta, mas também aquilo que os
jogadores são capazes de interpretar e executar, não deve ser este um ponto
fundamental para que o treinador treine e melhore? Mais uma vez, estranhamente
a grande maioria das abordagens das relações treinador / atleta centram-se nos
problemas de carácter psicológico revelados pelos atletas e esquecemo-nos que o
treinador exige igual análise. A menos que se considere que o treinador está
apto para todas as exigências relacionais e de liderança!
Não existe um perfil único nem ideal de treinador. Tipo
super-herói que sabe tudo e não se incomoda com nada. Existem sim
comportamentos e características que aumentam a capacidade do treinador atingir
com mais eficácia os seus objectivos. Umas são as ferramentas relacionadas com
a sua experiência, conhecimento técnico, táctico, outras são ferramentas
focadas na sua tomada de decisão, comunicação, gestão, liderança, justiça e
compromisso.
Terá lógica que estas competências que tanto influenciam o
seu desempenho e dos atletas estejam dependentes da sua capacidade de
distanciar-se e auto-análise? Não está em causa a vontade do treinador querer
melhorar. Está na forma! É possível constatarmos inúmeros treinadores que cada
vez mais se diferenciam para lá do conhecimento que têm do jogo. Pelas
competências comportamentais que conseguem aplicar em si e nos que o rodeiam. E
tal como para um atleta, que por muito forte física ou tecnicamente que seja,
precisa de trabalhar arduamente, também um treinador precisa de treinar e ser
treinado muito arduamente."
Sobre o autor:
. Mestrado em Gestão do Desporto e Licenciado em Ciências do Desporto, ambos pela FMH-UTL
. Dirigente Desportivo na Fundação INATEL e no movimento associativo desde 1996
. Consultor e Formador em Coaching, Liderança e Dinâmicas de Equipas em diversas empresas dos mais variados ramos e no Ensino Universitário
. Formado em Coaching Individual, Organizacional e de Equipas pela ICF e Variations
. Pós-Graduação em Liderança e Gestão de Pessoas pelo INA
. Autor de 4 livros entre eles o "Como formar equipas de elevado desempenho", "Desporto e Lazer" e "Animação Desportivas".
Blog do autor:
http://coachdocoach.blogspot.pt/
Sobre o autor:
. Mestrado em Gestão do Desporto e Licenciado em Ciências do Desporto, ambos pela FMH-UTL
. Dirigente Desportivo na Fundação INATEL e no movimento associativo desde 1996
. Consultor e Formador em Coaching, Liderança e Dinâmicas de Equipas em diversas empresas dos mais variados ramos e no Ensino Universitário
. Formado em Coaching Individual, Organizacional e de Equipas pela ICF e Variations
. Pós-Graduação em Liderança e Gestão de Pessoas pelo INA
. Autor de 4 livros entre eles o "Como formar equipas de elevado desempenho", "Desporto e Lazer" e "Animação Desportivas".
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http://coachdocoach.blogspot.pt/
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