(crónica de Sandra Pita)
As micoses da pele são
um dos principais problemas que afetam os pés, tanto de homens como de
mulheres. Estes fungos alimentam-se das células da derme e conseguem sobreviver
em ambientes quentes, húmidos e fechados, concentrando-se sobretudo na zona dos
pés, dando origem ao vulgarmente conhecido Pé de Atleta (Tinea Pedis).
A nível mundial
estima-se que 21% da população adulta sofra de pé de atleta e sabe-se
que este problema de pele afeta em maior escala os desportistas, já que as agressões que o pé sofre durante o
exercício são favoráveis à instalação dos fungos.
O pé de atleta é uma
doença contagiosa, transmissível por contato direto ou de forma indireta –
através de meias, sapatos, toalhas e superfícies como piscinas e duches.
O calor e a humidade
predispõem a proliferação do fungo, pelo que o risco de infeção aumenta quando
existe sudação abundante e calçado oclusivo, tais como ténis, que impede a dispersão do calor e a evaporação da humidade.
Os atletas que utilizam
equipamentos públicos como piscinas e balneários, ou praticantes de desporto
como a corrida de longa distância correm mais risco de contrair este tipo de
infeção.
O pé de atleta pode
manifestar-se das mais diversas formas:
- Em certos casos, a
pele entre os dedos dos pés pode apresentar um aspeto avermelhado e
escamoso acompanhado de gretas e/ou fissuras;
- Bolhas na pele
(pé);
- Sensação de
queimadura ou dor;
- Prurido intenso (comichão);
- Alterações na unha, provocando descoloração, descamação e grossura da mesma, levando a um aumento da sua fragilidade e, num caso extremo, à sua extracção.
Para a prevenção do
pé-de-atleta, existem alguns cuidados diários que os desportistas devem ter em
conta:
- Manter os pés
limpos e secos, principalmente entre os dedos (pode secar com o secador na
opção de ar frio);
- Lavar os pés
cuidadosamente com sabonete neutro e água, secando a área por completo (o
ideal é fazê-lo duas vezes por dia);
- Usar meias de
algodão limpas e trocar as meias e o calçado sempre que necessário, de
forma a manter os pés secos;
- Usar calçado bem
ventilado e, de preferência, feito de materiais naturais como o couro.
Evitar os sapatos de plástico;
- Uso de chinelos em
chuveiros ou piscinas públicas;
- Utilização de um creme anti-fúngico.
Só um profissional de saúde qualificado conseguirá avaliar concretamente a origem do fungo e qual o tratamento mais adequado para isolar a causa e impedir o reaparecimento do pé de atleta, utilizando as técnicas mais modernas e inovadoras na resolução do seu problema.
Com uma avaliação profissional na fase precoce do
problema, conseguirá evitar que o fungo chegue às unhas, alterando a sua forma,
espessura, formato e cor.
A presença
de pé de atleta durante a prática de desporto, seja a nível competitivo como
não-competitivo, impede ou dificulta muito a sua realização, podendo levar ao
agravamento da situação clínica, pelo que é aconselhável que o desportista
evite o exercício muito intenso e competições enquanto existir manifestação da
doença.
Como atleta, não descure os seus pés! Se nota alguma
alteração, procure uma equipa multidisciplinar especializada que consiga mais
do que avaliar a sua postura, avaliar quais as suas necessidades e adaptar, em
conjunto consigo, o que necessita para se sentir cada vez melhor consigo
próprio.
Sandra Pita.
Licenciada em Enfermagem há 12 anos, exercendo em cuidados de saúde primários.
Formação pós-graduada em Geriatria e Gerontologia. Formação em Podologia. Formação em Feridas. Formação em Laserterapia.
Licenciada em Enfermagem há 12 anos, exercendo em cuidados de saúde primários.
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2200-300 Abrantes.
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