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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Já se decidiu? Não?! Então vamos lá...


(crónica de Sofia Loureiro)

Se ainda não iniciou a prática regular de exercício físico, mas já pensou nisso várias vezes, o problema pode estar mesmo no “pensar”! O que pensamos sobre as situações e sobre as pessoas, sobre o passado ou sobre o futuro tem o poder de condicionar as nossas ações e as nossas emoções. Se penso frequentemente “Oh! Já sei que não vale a pena! Para que é que estou com ideias, desisto sempre!” ou “Eu… correr?! Só se vier um cão atrás de mim!” ou “Já tenho tão pouco tempo para mim, preciso é de sofá” e “Estou numa fase terrível de trabalho… é sempre assim, não posso programar nada”. O tempo passa e tudo fica na mesma! Estas e outras ideias que se murmuram num silêncio interior, causam afinal um imenso ruído e são alguns exemplos do impacto que os pensamentos têm sobre a vida de cada um.

Um “truque” pode ser assumir um papel de detetive privado e exclusivo! Nem mais! Passar a estar muito, mas muito atento e descobrir para si próprio sinais e pistas, apanhando em flagrante este tipo de pensamentos. Pensamentos que levam à inatividade. Pensamentos que causam mal-estar. E depois? Depois há que arranjar estratégias para bloquear esse tipo de pensamentos, afastá-los e substituí-los por outros que motivem para a mudança. Mas como é que isso se faz?

Se até agora a sua forma de pensar o fez adiar o início vezes sem conta de uma atividade física, há que parar e perceber que a manter-se assim, o mais certo é não começar e muito menos manter, nenhum tipo de prática desportiva!

Vejamos: Quem é que não tem os minutos todos contados? Quem é que não se sente cansado e desanimado? Quem é que não tem medo de começar algo de novo e não sentir resultados imediatos? Talvez a maioria! Então como é que algumas pessoas resolvem estas questões? Mudando a forma de pensar! Mudando as rotinas! Pensar positivo é pensar de forma realista e acreditar que os resultados se alcançam a partir de pequenas mudanças. Já pensou no orgulho que sentirá por ter passado a controlar o seu tempo, os seus hábitos, o seu corpo e a sua mente?

Uma coisa é certa, se durante tanto tempo se pensou de uma determinada maneira e se esse caminho não trouxe os resultados idealizados, só nos resta alterar o rumo. O passado, o que sempre se pensou sobre a própria vida, deve servir para recordar os bons momentos, para aprender com os insucessos e não como entrave. Combater a tendência para centralizar os pensamentos naquelas que consideram ser as limitações pessoais e os obstáculos da vida. Decidir fazer diferente. Começar por dizer “É hoje… eu sou capaz… eu é que decido e sei que me vou sentir bem depois!”. Vamos lá então… 

Sofia Loureiro
Psicóloga Clínica
Licenciada em  Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto 
Pós graduada em Psicoterapia Comportamental e Cognitiva

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